![](admin/articleImg/tdTD6VmM2A1712239104.jpeg)
Filha de D. Sancho I e portanto neta de Afonso Henriques, o fundador de Portugal, sabe-se muito pouco da vida de Berengária até esta se ter casado com Valdemar II, rei da Dinamarca.
A infanta nasceu em 1196 ou 1198, talvez em Coimbra, e pensa-se que teria uma gémea chamada Branca. A mãe, D. Dulce, morreu de peste pouco depois daquele que foi o seu décimo parto, e o pai morreu em 1211, altura em que a órfã Berengária se instalou em França, onde vivia uma tia, e através da rainha Ingeborg, irmã de Valdemar II, foi apresentada ao futuro marido.
Em 1214, a portuguesa era já rainha da Dinamarca, e embora fosse muito querida do rei nunca conquistou o afeto dos súbditos, que tinham boa memória da falecida Dagmar da Boémia, anterior mulher de Valdemar II. Nas lendas populares, a loira Dagmar seria bela e doce, a morena Berengária bela também, mas amarga.
Morreu muito jovem esta neta do nosso fundador, em Ringsted. Está sepultada numa igreja ao lado de Valdemar II e de Dagmar, a primeira mulher do monarca e sua rival aos olhos do povo. Berengária acabou por ser mãe de três reis dinamarqueses: Érico IV, Abel I e Cristóvão I.
* Jornalista do DN. É doutorado em História e autor do livro ‘Encontros e Encontrões de Portugal no mundo’.
![](img/divider.png)