
Começa assim uma história,
Era uma vez meus senhores.
Segundo a minha memória,
Tem sempre Príncipes, Amores!
Mas, vamos primeiro pensar,
Nesta história o que eu direi,
Porque o que vou contar,
Não tem Príncipe e não tem Rei!
Não julguem que vou contar
A história desta guerra!
Que deixa o mundo a pensar,
O que vai ser desta Terra!
Esta guerra tão tristonha,
Que, com desgosto profundo,
A maior pouca vergonha,
Que já se vi neste mundo!
E o pior que ainda tem,
É, que neste mundo existe
Quem ainda diz AMEM ,
O que é triste, muito triste!
Por isso eu não quero falar,
Sobre isto, não digo nada,
Prometi, vou-me calar,
O melhor… Boca Calada!
Também não falo, nas minas,
Dos desvios nos governos,
Cujas benditas propinas,
Fazem dos povos infernos!
E, entre tanta falcatrua,
Sentenças aplicadas,
A propina, continua,
Com luvas de mãos beijadas!
Por isso, fico calado,
Nem um pio a tal respeito,
Quem disto é encarregado,
É quem cabe dar-lhe o jeito!
Há mais casos, envolvidos,
Com homens, cujo seus prazeres,
Como machões, atrevidos,
Batem, mal tratam mulheres!
Em geral, mulheres honradas,
Sérias e trabalhadoras,
Vítimas de vil pancadas,
Por todo este mundo fora!
Mais e mais que, pelo visto,
Nós chamamos que é Coça.
Mas, não me vou meter nisto,
Eu, vou fazer vista grossa!
A vida está de maneira,
Com o dinheiro sumido,
Por mais que a gente queira,
Estamos no poço metido!
Tudo sobe, ninguém faz nada,
Pois não há quem cobre ponha,
Agora, cara tapada,
Já ninguém sente vergonha!
Não quero falar da questão,
Meter-me, fazer barulho,
Eu, não meto o colherão,
Ou, vou entrar no embrulho!
E depois de embrulhado,
Não dou conta do recado!
P. S.
Quem escreve
e quem me lê!
Tento fugir às maldades,
Não encontro outro jeito,
Quem diz algumas verdades,
Nem sempre é bem aceito!
Certo que, quem conta um conto,
No contar sempre se passa
De acrescentar um ponto,
Se é que o ponto tem graça!
E ter graça, na verdade,
É difícil porque em suma,
Ao chegar à minha idade,
Não se tem graça nenhuma!
