Todos os anos a partir de junho e, quando as temperaturas ultrapassam os “30 graus centígrados” - os incêndios emergem por toda a parte.
Pois, esta é uma situação triste e desoladora, em que os “terroristas incendiários” começam a atuar em força e a qualquer hora do dia ou de noite, praticando o hediondo crime de “fogo posto”, destruindo uma grande parte do nosso património natural, esta importante fonte de oxigénio e riqueza, e também contaminando rios, lagos, albufeiras e lençóis aquíferos, etc., etc.
Para além disto deixam também o país e muitos proprietários de matas mais pobres, cujos incêndios causam um enorme gasto de centenas de milhões de euros ao Estado, no combate aos mesmos pelo grande número de meios terrestres, aéreos, incluindo as máquinas de rasto, as quais têm feito um trabalho muito positivo, abrindo ruas nas matas, deixando o terreno à vista, para que os incêndios tenham mais dificuldade em avançarem.
Este Verão, segundo as últimas informações, os números de “fogo posto”, andam à volta de “55 por cento” (o que eu custo a acreditar...), e os praticados por negligência são cerca de “quarenta e cinco por cento”, o que eu acho um número bastante elevado!
Em face desta grave situação incendiária, o governo no mês de maio deve enviar às autarquias, e estas às freguesias, aldeias e aos párocos, que durante as missas devem ler o seguinte aviso: incendiários de fogo posto - antes de praticarem este crime, devem pensar umas dúzias de vezes no que vão fazer, porque a LEI NOVA (supondo que foi criada...), é dura para este género de crimes, e todo aquele que for apanhado a praticá-lo, ninguém o pode livrar de cumprir a pena máxima de prisão (25 anos), mesmo que se faça acompanhar de um ou dois advogados de defesa, alegando que o seu constituinte sofre de graves problemas mentais?! E, para além disto serão ainda obrigados a prestarem cerca de “cinco horas diárias” em trabalhos de reflorestação ou outros...
Deste modo, só com leis rigorosas é que se pode reduzir esta calamidade causada por mãos criminosas, em cerca de 70% e, ao mesmo tempo, desencorajar os novos candidatos a incendiários, que pensarão que não vale a pena praticar este crime, mesmo com alguma recompensa monetária, a soldo de alguém que está encoberto e impune.
Também os proprietários que teimam em fazer “queimadas” mal calculadas, sem pedir autorização aos “bombeiros”, a fim de verificarem se as podem fazer, ser-lhes-á aplicada uma elevada “coima” e penas de prisão mais suaves. Este problema repete-se todos os verões e não pode continuar.
Desta feita, pouco adianta o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, vir à televisão avisar a população para terem o máximo cuidado para não fazerem queimadas, churrascos, lançar fogo de artifício e aos incendiários para não praticarem tal crime etc., etc., pois a maior parte desta gente não presta atenção a estes avisos, nem respeita a lei vigente.
Porém, a mensagem deve ser a minha supracitada - pena máxima de prisão. E que os juízes e juízas não devem ter qualquer género de contemplações por este bando de criminosos que deitam fogo à própria pátria.
Enquanto aos autarcas: GNR, Protecção Civil, etc., devem ter uma estreita colaboração e interação, no que concerne à limpeza da floresta, limpeza à volta dos terrenos e em volta das casas, fábricas, barracões, assim com fazer uma faixa de segurança nas bermas das estradas e em volta das povoações. Em suma, todos os presidentes das câmaras municipais devem estar muito atentos e recomendarem às forças de segurança que fiscalizem a limpeza das florestas, terrenos à volta das casas, armazéns, barracões, etc., a fim de se ter evitado o que aconteceu há dias em Odemira.
Manuel M. Esteves - East Providence, RI
