Sou um imigrante, como milhões de outros que vieram para a América não só para nos enriquecermos a nós próprios, mas também este nosso grande país. Muitos podem-nos chamar latas de lixo, limpa chaminés, limpa retretes e um outro sem número de outras profissões menos agradaveis mas a realidade é que esses trabalhos foram a maneira mais rápida de sairmos da miséria que viviamos em nos- sos países de origem.

A América, terra dos nossos sonhos foi e será sempre o melhor país do mundo porque nos acolheu de braços abertos e até mesmo a estátua da Liberdade assim o diz: “DÁ-ME OS TEUS CANSADOS. TEUS POBRES…. MANDA-ME OS SEM ABRIGO… EU LEVANTAREI O MEU FACHO BEM ALTO AO LADO DA PORTA DE OURO.”

A história de um imigrante é uma viagem em busca de oportunidades e segurança, muitas vezes repleta de dificuldades e resiliência. Estas histórias destacam desafios como a separação da família, a adaptação a novas culturas e o enfrentar de obstáculos legais, mas também demonstram a determinação para construir uma vida melhor, encontrar um sentimento de pertença e contribuir para as suas novas comunidades. As experiências são diversas, desde fugir da violência a procurar a ascensão económica, e culminam muitas vezes num forte sentimento de patriotismo e gratidão pelas oportunidades recebidas.

Milhares de imigrantes deram a vida para que hoje pudéssemos desfrutar tempos de paz.

Milhares de imigrantes construíram os arranha-céus que existem por todo o país.

Milhares de imigrantes construíram caminhos-de-ferro, rodovias e criaram empregos.

De facto imigrantes aceitaram trabalhos que mais ninguém queria fazer.

Preciso de continuar indefinidamente mencionar que a América, desde o seu início, foi formada por pessoas vindas de outros países?

A república americana foi fundada num conjunto de crenças que foram testadas durante a Guerra da Independência, entre elas estava a ideia de que todas as pessoas são criadas iguais, sejam europeias, nativas americanas ou afro-americanas, e essas pessoas têm direitos fundamentais, como a liberdade, a liberdade de expressão, a liberdade religiosa, o devido processo legal e a liberdade de reunião. Os revolucionários americanos discutiram abertamente estes conceitos. Muitos americanos concordaram com eles, enquanto os imigrantes da Europa criaram os Estados Unidos.

Os Estados Unidos são um país multicultural, multilingue e multirracial, e isso não pode ser mudado.

Não posso deixar de mencionar que em cada grupo há sempre uma maçã podre, mas essa maçã podre não faz com que o resto do grupo seja mau.

Os imigrantes representam hoje 14,3% da população dos EUA, um aumento de aproximadamente três vezes em relação aos 4,7% de 1970.

O número de imigrantes não autorizados que viviam nos EUA em 2022 ainda estava abaixo do pico de 12,2 milhões em 2007. Os Estados Unidos atraem o maior número de imigrantes do mundo, que se integram no tecido da sociedade americana através de vias como a cidadania, a residência permanente legal ou a procura de protecção humanitária. Existem gráficos que acompanham o número de pessoas que recebem anualmente a residência permanente legal (também conhecida como obtenção do green card). Os titulares do green card têm permissão para viver e trabalhar no país indefinidamente, ingressar nas forças armadas e solicitar a cidadania americana após cinco anos (três se casados com um cidadão americano).

Não pretendo ser historiador nem uma pessoa altamente instruída, mas reconheço certamente que, em 2024, pessoas de todo o mundo querem vir para os Estados Unidos, o que significa que o nosso país ainda é o melhor e vir para os Estados Unidos é o realizar de um sonho para muitos.

Todo o verdadeiro Americano precisa ter ter uma melhor compreensão, um coração mais virado para estes sonhadores e encontrar uma boa solução.

Este país deve orgulhar-se das pessoas que vêm para os Estados Unidos, elas são o nosso futuro e o nosso bem-estar.

Eu vim para os Estados Unidos fugindo de um ditador benevolente e da pobreza, mas milhares de pessoas estão a fugir de ditadores cruéis e assassinos. Será que alguém pode culpá-las?

• António Teixeira (Fall River, MA)