O livro “Açores no Mundo”, da nossa autoria, foi editado em 2017 com a chancela açoriana Letras Lavadas. O seu lançamento nacional ocorreu a 27 de março na sessão comemorativa dos 90 anos da fundação da nossa pioneira Casa dos Açores em Lisboa. O seu lançamento regional ocorreu a 17 de maio, em Ponta Delgada, no âmbito das Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres. O seu lançamento internacional ocorreu a 15 de setembro, na Câmara de Brampton, no Canadá, por ocasião da assembleia geral comemorativa do 20º aniversário do Conselho Mundial das Casas dos Açores.
Em boa verdade, este livro é uma obra açoriana de autoria coletiva. Desde o emigrante anónimo, que ajuda na “função” do Espírito Santo em qualquer Casa dos Açores do outro lado do Atlântico, até ao Senhor Presidente da República Portuguesa, que muito nos honrou com o seu importante Prefácio.
Nas generosas palavras de Marcelo Rebelo de Sousa: “A presente obra apresenta méritos inquestionáveis. O primeiro é ajudar a conhecer melhor a projeção no mundo desse verdadeiro paraíso terreno que são os Açores. O segundo é homenagear a saga dos Açorianos por todo o mundo, embaixadores notáveis que são da sua terra amada e de Portugal.”
Outras personalidades representativas prestigiaram este livro com as suas mensagens institucionais, como os dois mais duradouros antigos presidentes do Governo dos Açores.
João Bosco Mota Amaral (1976-1995) considera que “as comunidades açorianas espalhadas pelo Mundo, sem ignorar as que se encontram noutras parcelas de Portugal, são uma prova concludente da identidade do Povo Açoriano, razão da sua dignidade e do respeito por isso merecido.”
Carlos César (1996-2012) entende que “pela influência que tiveram e pela que ainda têm, as nossas comunidades no exterior, incluindo as gerações já nascidas nos países de acolhimento, constituem-se como verdadeiras plataformas comunicacionais e promocionais dos Açores.”
Este livro inclui ainda mensagens dos então Presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, e Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, bem como dos Embaixadores do Brasil, do Canadá, dos Estados Unidos da América, do Reino Unido e do Uruguai, que se encontram acreditados em Lisboa, representando assim as sociedades de acolhimento da nossa diáspora histórica.
Esta é uma obra que olha para a emigração açoriana pela perspetiva integrada das suas instituições mais emblemáticas – as Casas dos Açores.
Em 2017, eram 15 as “embaixadas” açorianas no mundo: cinco no Brasil, três em Portugal, três no Canadá, duas nos Estados Unidos da América, uma no Uruguai e outra nas Bermudas.
No Brasil, a Casa dos Açores do Rio de Janeiro (1952), a Casa dos Açores de São Paulo (1980), a Casa dos Açores da Bahia, em Salvador (1980), a Casa dos Açores de Santa Catarina, em Florianópolis (1999), e a Casa dos Açores do Estado do Rio Grande do Sul, em Gravataí (2003).
Em Portugal, a Casa dos Açores em Lisboa (1927), a Casa dos Açores do Norte, no Porto (1980), e a Casa dos Açores do Algarve, em Faro (1993).
No Canadá, a Casa dos Açores do Quebeque, em Montreal (1978), a Casa dos Açores do Ontário, em Toronto (1985), e a Casa dos Açores de Winnipeg, em Manitoba (1992).
Nos Estados Unidos da América, a Casa dos Açores de Hilmar, na Califórnia (1977), e a Casa dos Açores da Nova Inglaterra, em Fall River (1982).
Completavam essa primeira rede mundial a Casa dos Açores do Uruguai, em San Carlos (2011), e a Casa dos Açores da Bermuda, em Hamilton (2015).
Já depois de editado o livro “Açores no Mundo”, foram formalmente constituídas as Casas dos Açores do Maranhão, em São Luiz (2019), da Madeira, no Funchal (2019), do Espírito Santo, em Apiacá (2022), da Região Centro, em Coimbra (2024), e de Minas Gerais, em Belo Horizonte (2025).
E já se perspetivam para breve novas Casas dos Açores na Região do Algarve, substituindo a que foi extinta em 2019, e no Arquipélago do Havai, concretizando um sonho sempre adiado que remonta aos primeiros governos regionais.
Todas estas instituições associativas erguem a bandeira dos Açores nas suas sociedades de acolhimento, orgulhosamente e empenhadamente.
Pela importância que têm e pelo trabalho que desenvolvem, as Casas dos Açores são as casas da saudade, as embaixadas da diáspora, os santuários da açorianidade.
Elas são a marca dos Açores nas comunidades e a montra da comunidade nas sociedades.
Com este livro, ficaram melhor conhecidas e mais apreciadas.
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Diretor Regional das Comunidades do Governo da Região Autónoma dos Açores





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