Breves, Portugal

by | Sep 17, 2025 | Notícias de Portugal

Primeiro-ministro português conversou ao telefone com o presidente Trump

 O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, falou dia 10 de setembro ao telefone com o presidente Donald Trump, sobre as oportunidades para os dois países reforçarem as relações económicas, políticas e culturais.

De acordo com Montenegro, Trump manifestou solidariedade a Portugal após o acidente que envolveu o elevador da Glória, em Lisboa, que fez 16 mortos e muitos feridos. Entre os mortos estava uma norte-americana: a dra. Heather Hall, professora do College of Charleston, na Carolina do Sul, que estaria em Lisboa para uma conferência.

“Falei por telefone com o presidente Donald Trump sobre a nossa aliança e relações bilaterais. Ambos vemos muitas oportunidades para fortalecer os laços económicos, políticos e culturais entre os EUA e Portugal”, escreveu o primeiro-ministro português na rede social X, do Japão, no dia em que iniciou uma visita oficial de dois dias àquele país.

Portugal e os Estados Unidos mantêm uma parceria estreita, com profundos laços históricos, culturais e estratégicos, incluindo a cooperação através da NATO e vibrantes comunidades de herança portuguesa em todo o país, a maioria delas com raízes nos Açores.

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Marcelo Rebelo de Sousa nas Nações Unidas

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, estará presente na 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, que teve início a 9 de setembro de 2025 e decorrerá até 8 de setembro de 2026 na sede da organização em Manhattan, New York, sob o lema: “Melhor Juntos: 80 anos e mais para paz, desenvolvimento e direitos humanos”.

A Assembleia Geral mantém-se como um espaço vital para a diplomacia multilateral, promovendo diálogo, cooperação e soluções conjuntas para os desafios globais, reafirmando o papel das Nações Unidas como plataforma central de debate e ação internacional.

O embaixador Rui Vinhas lidera a representação oficial de Portugal na Assembleia Geral, quanto ao presidente Marcelo Rebelo de Sousa recebe a comunidade portuguesa dia 21 de setembro e dia 23 falará ao plenário das Nações Unidas. A assembleia reúne anualmente representantes dos 193 estados membros para discutir e deliberar sobre questões da agenda internacional, incluindo reformas da própria organização.

A presidência da 80ª sessão da Assembleia-Geral cabe a Annalena Baerbock, eleita no passado dia 2 de junho com 167 votos. Baerbock foi ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha de 2021 a 2025, depois de ter sido deputada federal pelo Partido Verde.

Desde a criação das Nações Unidas, há 80 anos, apenas quatro mulheres presidiram à Assembleia-Geral, o principal órgão deliberativo da organização. Annalena Baerbock é a primeira presidente europeia e assumiu o posto dia 9 de setembro na sessão de abertura da 80ª Assembleia. Até hoje apenas um português presidiu à Assembleia Geral das Nações Unidas, Diogo Freitas do Amaral, fundador do CDS, presidiu à 50ª Assembleia em 1995 e 1996. Embora só tenha um ou uma presidente, a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas tem 21 vice-presidentes, que são os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) e outros 16 vice-presidentes em representação das várias regiões do mundo: Andorra, Argentina, Bangladesh, Cabo Verde, República Democrática do Congo, Quénia, Líbano, Lesoto, Maldivas, Montenegro, São Cristóvão e Neves, Arábia Saudita, Timor-Leste, Tunísia e Venezuela. Cabo Verde estará representado pela sua representante permanente no organismo, a embaixadora Tânia Romuando, e Timor Leste pelo seu representante, Dionisio Babo Soares. A representação oficial de Portugal cabe ao embaixador Rui Vinhas.

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Newtour/MS Aviation considera “inaceitável” posição sindical sobre processo de privatização da Azores Airlines

O consórcio Newtour/MS Aviation considerou “inaceitável” e contendo “falsidades” um comunicado divulgado pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), numa altura em que decorre o processo de privatização da companhia aérea Azores Airlines.

Num comunicado enviado à agência Lusa, o consórcio afirma ter sido surpreendido pelo comunicado do SPAC que, “além de ferir a confiança necessária a um processo que se quer sério e sereno”, difunde “um conjunto de falsidades” que “comprometam o futuro da SATA e a reputação empresarial dos envolvidos”.

Em 09 de dezembro de 2024, o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, confirmou que a SATA e o consórcio Newtour/MS Aviation estavam a negociar a privatização da Azores Airlines e adiantou que a região iria assumir a dívida da companhia aérea.

O consórcio recorda que, desde o início, assumiu que o diálogo com os trabalhadores e com os seus representantes sindicais seria um dos fatores importantes e reforça que tem procurado manter o diálogo regular, tendo enviado ao sindicato, em 13 de maio deste ano, um pedido de reunião, que permitiu que “as partes se sentassem à mesma mesa, pela primeira vez, 10 dias depois”.

“Nos meses que se seguiram realizaram-se seis reuniões entre os delegados sindicais da companhia e o Agrupamento, ora representado por quem tem competência legal, ora pelos próprios empresários”, é referido ainda.

Em 03 de julho “entrou na caixa de correio eletrónico do SPAC um email que mostra bem a maturidade do diálogo entre as partes. Nele, o Agrupamento assumiu a necessidade de otimizar os custos de operação por forma a poder garantir o sucesso da operação” da Azores Airlines no dia seguinte à privatização. E acrescentou que, admitindo-se a possibilidade de alterar regras constantes do acordo de empresa, foi referido pela comissão de empresa que a discussão deveria continuar com a direção do SPAC”.

Para o consórcio, esse “espírito construtivo vinha alimentando em todos um otimismo responsável, que culminaria com a apresentação, nas próximas semanas, de uma proposta de valor para a aquisição da companhia” e garante que “tem tudo devidamente documentado”, pelo que estranha a posição assumida publicamente pela direção do SPAC, “em claro contraste com o espírito das conversações em curso”.

“O SPAC não pode – porque é manifestamente falso – alegar que não recebeu qualquer proposta formal. Coisa diferente é dizer que não tinha mandato da Assembleia de Empresa para se comprometer em nome dos pilotos, mas esse é um tema da vida interna da organização no qual o Agrupamento não se vai imiscuir”, considera ainda.

O consórcio reitera a disponibilidade para discutir a proposta que entregou ao sindicato, defendendo que a mesma deve ser analisada com “honestidade” e espera que seja convocada, muito em breve, uma assembleia-geral onde os pilotos tomem uma decisão sobre o seu futuro e o da SATA.

“A situação da SATA é critica e está a degradar-se a cada dia que passa. Qualquer projeto que tenha o genuíno propósito de garantir a viabilidade da companhia aérea só se concretizará com o envolvimento e com o compromisso dos trabalhadores”, alerta. Na quinta-feira, o SPAC disse que os pilotos não vão aceitar ser responsabilizados por um eventual insucesso da privatização da companhia aérea Azores Airlines, por não aceitarem cortes salariais de 10%. “Os pilotos não bloqueiam a privatização. Exigimos propostas formais, verificação de idoneidades e respeito pelo Acordo de Empresa. Sem mandato da assembleia [de empresa] e sem garantias claras – prazo e benefícios quantificados, aplicáveis a toda a empresa – não há negociação”, afirmou o vice-presidente do SPAC, Frederico Saraiva de Almeida, citado em comunicado.

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Marcelo lembra 11 de Setembro e defende multilateralismo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou sexta-feira os atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque, que mataram quase três mil pessoas, e defende que o multilateralismo é cada vez mais necessário.

“Hoje é dia de memória, de lembrar e honrar as vítimas do horrendo ataque terrorista às torres gémeas de Nova Iorque e de enviar um abraço solidário aos Estados Unidos da América”, lê-se numa mensagem do chefe de Estado publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

Marcelo Rebelo de Sousa considera que, “vinte e quatro anos depois, o 11 de setembro de 2001 continua a ter um significado muito especial” e que “as guerras na Ucrânia e no Próximo Oriente sublinham um processo no qual o 11 de setembro representou um sinal precursor”.

“E vem reforçar a necessidade cada vez maior do multilateralismo na resolução pacífica dos conflitos geoestratégicos e do papel das organizações internacionais na conjugação de esforços para enfrentar problemas globais, tanto mais que já vimos que iniciativas bilaterais continuam a não ter o sucesso desejado no tempo e no espaço”, acrescenta.

O Presidente da República enquadra os atentados terroristas de 2001 como “uma manifestação de choque de conceções da vida e do mundo, questionando valores básicos de respeito da dignidade das pessoas, de liberdade e de tolerância universais”.

“O momento que estamos a viver revela como continuamos longe desses valores e de princípios que presidiram à criação das Nações Unidas e à adoção da sua Carta”, lamenta o chefe de Estado, que dentro de menos de duas semanas irá representar Portugal na 80.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em 2021, Marcelo Rebelo de Sousa visitou o memorial construído no lugar onde se situavam as Torres Gémeas, em Nova Iorque, onde homenageou as vítimas do 11 de Setembro.

“Não podemos esquecer”, afirmou, durante essa visita, em que se encontrou com portugueses que participaram nas operações de socorro e de reconstrução e com uma sobrevivente portuguesa.

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Condenado a 22 anos e seis meses de prisão por matar ex-namorada com caçadeira no Porto

O homem que matou a ex-namorada com dois tiros de caçadeira em julho de 2024 na loja onde ela trabalhava, no Porto, foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão. Além disso, o homicida terá ainda de pagar uma indemnização de 187 mil euros ao filho da vítima mortal, de 11 anos, e 2.890 euros à mãe daquela para cobrir as despesas do funeral e do cemitério.

“Quis tirar vida à senhora (…) como veio a tirar”, afirmou o presidente do coletivo de juízes do Tribunal São João Novo, no Porto.

A 08 de julho de 2024, o homicida, de 51 anos, matou a ex-namorada, de 48, com dois tiros de caçadeira na loja onde ela trabalhava, no Porto.

Depois, o homicida colocou-se em fuga, mas acabou por se entregar à GNR de Estarreja, no distrito de Aveiro.

Durante a leitura do acórdão, o juiz frisou que o crime foi “gravíssimo”.

O magistrado apontou a “extrema violência” do crime, recordando que o homicida matou a ex-namorada de forma repentina disparando dois tiros de caçadeira a cerca de três metros da vítima mortal. “A vítima não teve qualquer possibilidade de resistir”, lembrou.

Falando num “comportamento desajustado e desconforme”, o juiz destacou que as necessidades de prevenção deste tipo de crimes são “elevadíssimas” e que, por esse motivo, a reposta dos tribunais deve ser “firme e severa”.

O presidente do coletivo de juízes pediu ao arguido para refletir e interiorizar o mal que fez durante a sua reclusão.

Já aos familiares da vítima mortal, o magistrado pediu-lhes para olhar pelo seu filho, dando-lhe aquilo que a mãe já não lhe consegue dar.

Sobre a pena aplicada, o juiz afirmou que aquela teve em conta a confissão por parte do homicida da maior parte dos factos, do seu arrependimento e do seu comportamento na prisão.

No início do julgamento, no passado mês de junho, o homicida confessou ter matado a ex-namorada e que a controlava através de um aparelho GPS que lhe instalou no carro.

“Não sei o que me passou pela cabeça, peguei na arma e dei-lhe dois tiros, era uma caçadeira do meu pai e eu tinha-a para consertar o gatilho que às vezes prendia”, disse em audiência de julgamento.

E acrescentou: “Não sei explicar por que fiz isto, matei-a, eu sei que não há desculpa para isto”.

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Madeira lidera projeto europeu para detetar agentes patogénicos em águas residuais

O Governo da Madeira, em parceria com a Universidade da região e a Universidade Nova de Lisboa, está a liderar um projeto para a deteção de agentes patogénicos nas águas residuais, sobretudo nos portos e aeroportos.

O presidente do executivo insular (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, indicou que se trata de uma iniciativa que tem o apoio da União Europeia, que convidou a região para ir fazer uma apresentação em Osaka, no Japão.

O governante, que se vai deslocar ao Japão dentro de cerca de uma semana, falava aos jornalistas à margem da Festa das Vindimas, no concelho de Câmara de Lobos, realçando que se trata de um “projeto inovador”.

Albuquerque sublinhou que a deteção dos agentes patogénicos pode “detetar situações semelhantes à covid-19”, através “da organização de um super ‘site’ que será carregado com dados e depois difundido junto de todos os países da União Europeia”.

“Podemos antecipar em dois ou três meses uma crise desse género”, reforçou, referindo que a iniciativa já está em execução.

“Durante a covid, ganhámos uma proeminência muito grande nos principais centros europeus e este projeto vem consolidar, no fundo, essa proeminência”, afirmou ainda.

Além da difusão dos dados para os países europeus, Singapura e o Japão também estão interessados nesta iniciativa, acrescentou.

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Novo sistema europeu de controlo de fronteiras começa a funcionar a partir de 12 de outubro

O novo sistema europeu de controlo de fronteiras externas para cidadãos extracomunitários vai entrar em funcionamento a partir de 12 de outubro em Portugal e restantes países do espaço Schengen, anunciaram as autoridades. “A partir de 12 de outubro de 2025, Portugal participará na entrada em funcionamento do Entry/Exit System (EES), o novo sistema europeu de controlo automatizado do espaço Schengen, que substitui os tradicionais carimbos nos passaportes por registos eletrónicos centralizados”, referem, num comunicado conjunto, o Sistema de Segurança Interna (SSI), a PSP e a GNR, entre outras entidades.

A entrada em funcionamento “ocorrerá, em simultâneo e de forma faseada, ao longo de quase seis meses, em todos os países” que integram o espaço Schengen.

Segundo a nota, o EES “aplica-se a todos os cidadãos não pertencentes à União Europeia, que entrem no território para estadias de curta duração (até 90 dias num período de 180 dias), independentemente de necessitarem de visto”.

Entre as principais mudanças nos procedimentos, estão o “registo eletrónico de entradas e saídas dos viajantes, com indicação da data, hora e posto de fronteira” e a “recolha de dados biométricos (quatro impressões digitais e fotografia) na primeira entrada”.

O sistema, que irá funcionar nos aeroportos e nos portos, permite ainda a “deteção automática de ultrapassagem do período legal de estadia no espaço Schengen”, bem como a interoperacionalidade com “outras bases de dados europeias”.

“Relativamente ao sistema atual, baseado no carimbo manual do passaporte, o EES permitirá detetar de forma mais rápida documentos falsos, entradas irregulares e outras ameaças à segurança, reforçando a proteção das fronteiras externas e melhorando a cooperação e partilha automática de dados entre os Estados-membros”, sustentam as autoridades.

Em Portugal, a implementação do sistema é assegurada pelo SSI, em articulação com a PSP, a GNR, a ANA – Aeroportos de Portugal, as administrações portuárias e a Autoridade Nacional de Aviação Civil.

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Prisão preventiva para suspeito de crimes de roubo e ofensa à integridade física nos Açores

Um homem ficou em prisão preventiva por ser suspeito dos crimes de dano contra viaturas, ofensa à integridade física qualificada e roubo, com recurso a uma foice, nos últimos dois meses, em Ponta Delgada, Açores, anunciou a PSP.

Segundo o Comando Regional da Polícia de Segurança Pública (PSP) dos Açores, o homem, de 55 anos, foi detido fora de flagrante delito e “está fortemente indiciado pela prática de diversos ilícitos criminais ocorridos, nos últimos dois meses”, entre os quais “dois crimes de dano contra viaturas, pelos quais já havia sido detido, um crime de ofensa à integridade física qualificada e um crime de roubo, praticados com recurso a uma foice”.

“A arma, classificada como de posse proibida, foi apreendida”, indica a PSP, em comunicado de imprensa.

Ainda de acordo com a PSP, “atendendo ao quadro factual e à elevada perigosidade da conduta do arguido, suscetível de evoluir para episódios de violência ainda mais gravosos”, o suspeito foi detido fora de flagrante delito, existindo “prova indiciária bastante que sustenta a imputação dos factos”.

O detido foi presente a primeiro interrogatório judicial e foi-lhe aplicada a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, adianta a polícia.

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Governo vai investir 80ME para construir variante à EN 222 entre Aveiro e Porto

O Governo anunciou o lançamento do concurso de 80 milhões de euros para a construção da variante à Estrada Nacional 222, abrangendo os concelhos de Santa Maria da Feira e Castelo de Paiva (Aveiro) e Gondomar (Porto).

A obra, que terá uma extensão de 10 quilómetros, está prevista na Resolução de Conselho de Ministros (RCM) 69/2025, de 20 de março, e, segundo o Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH) “é um dos investimentos rodoviários estratégicos para o país, avaliado em cerca de 80 milhões de euros e há muito reclamado pelas populações e autarquias dos concelhos envolvidos, dada a sua importância para o desenvolvimento económico e para a redução do isolamento da região”.

Informa o comunicado tratar-se da construção de uma via alternativa entre o Nó de Canedo da Autoestrada (A) 32 e a zona industrial de Serrinha, no prolongamento da variante existente, e que atravessa os concelhos de Santa Maria da Feira e Castelo de Paiva, no distrito de Aveiro, nas Uniões de Freguesias de Canedo, Vale e Vila Maior e de Raiva, Pedorido e Paraíso, bem como o concelho de Gondomar, distrito do Porto, na freguesia de Lomba.

Citado pelo comunicado, o ministro Miguel Pinto Luz lembrou ser esta “uma intervenção muito ambicionada, que é mais um exemplo de reforço da coesão nacional e do equilíbrio de oportunidades de todos os cidadãos, independentemente do local onde vivam (…) e é uma função fundamental do Estado”.

Ainda segundo o Governo, o RCM 69/2025 prevê um conjunto de cerca de 30 grandes investimentos, avaliados em cerca de 6,5 mil milhões de euros, indispensáveis ao desenvolvimento económico e ao acesso das populações a serviços fundamentais promovendo a mobilidade como fator fundamental para uma democracia plena. O prazo para apresentação das propostas decorre até 23 de outubro. A realização da obra, lançada pela Infraestruturas de Portugal, tem um prazo de execução de 900 dias.

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Agricultores avisam que não aceitam cortes no Orçamento dos Açores para 2026

A Federação Agrícola dos Açores avisou na passada segunda-feira que não aceita cortes na agricultura no próximo Plano e Orçamento da região para 2026, considerando que o setor enfrenta “necessidades prementes” ao nível das infraestruturas.

“Em relação ao investimento para 2026, claramente para a agricultura nós não vamos aceitar cortes, como é óbvio. Essa é uma situação que neste momento é impensável pela continuação do investimento que é preciso ser feito na área da agricultura”, afirmou Jorge Rita.

O dirigente falava na sede da Presidência, em Ponta Delgada, após uma reunião com o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, que recebeu hoje os partidos e parceiros sociais a propósito da elaboração do Plano e Orçamento para 2026.

O líder dos agricultores açorianos defendeu que o setor tem “necessidades prementes” ao nível das infraestruturas, dando como exemplo os caminhos agrícolas, o abastecimento de água e luz às explorações ou a modernização dos matadouros.

Jorge Rita apontou 2026 como um “ano fundamental para a economia da região” devido à execução do Plano de Recuperação e Resiliência e defendeu a criação de um “calendário indicativo dos pagamentos regionais” à agricultura.

“Mais do que falar dos milhões, para mim será sempre muito mais importante falar nas execuções, que neste momento ainda estão muito baixas, com expectativa que possam vir a melhorar muito”, salientou.

O dirigente adiantou que a verba inscrita para agricultura no Plano e Orçamento para 2026 deverá rondar o valor inscrito nos documentos deste ano de cerca de 78 milhões de euros.

“Durante este ano retirou-se verbas da agricultura e nós obviamente denunciámos que não estávamos satisfeitos. Depois houve uma reposição a nível nacional, que é extremamente importante que também haja [em 2026]”, afirmou, referindo-se à cobertura dos apoios do POSEI assumidos pelo Governo da República.

A discussão e votação do Plano e Orçamento dos Açores para 2026 vai acontecer em novembro na Assembleia Legislativa Regional.

O Plano e Orçamento da região para 2025 foram aprovados em novembro de 2024 com os votos a favor do Chega e dos partidos da coligação do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), tendo PS, BE, IL e PAN votado contra.

O executivo saído das eleições legislativas antecipadas de 04 de fevereiro de 2024 governa a região sem maioria absoluta no parlamento açoriano e, por isso, necessita do apoio de outros partidos com assento parlamentar para aprovar as suas propostas.

PSD, CDS-PP e PPM elegeram 26 deputados, ficando a três da maioria absoluta. O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido do Chega, com cinco. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.

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Mais de mil pessoas já assinaram petição para “Parar o Hotel no Quartel da Graça”

Mais de mil pessoas já assinaram a petição “Parar o Hotel do Quartel da Graça”, que pede a imediata revogação da concessão ao grupo Sana para a construção de uma unidade hoteleira no antigo Convento da Graça, em Lisboa.

Os peticionários querem impedir a construção de um hotel de luxo no centro histórico da capital e colocar o espaço, que é propriedade pública, ao serviço do bairro e da cidade.

Promovida pela Assembleia “Parar o Hotel no Quartel da Graça”, um movimento independente constituído essencialmente por moradores do bairro lisboeta, a petição pode ser consultada no endereço https://peticaopublica.com/?pi=pararohotelnoquartel.

Em comunicado, a Assembleia refere que no domingo foi enviada uma carta aberta a todos os partidos e candidatos às eleições autárquicas de outubro, pedindo um posicionamento político sobre a questão do Quartel da Graça.

Classificado como monumento nacional desde 1910, o Quartel da Graça constava da lista de imóveis históricos a reabilitar no âmbito do programa Revive, apresentada em julho de 2019 pelo então Governo do PS.

Três meses depois, em outubro de 2019, o executivo anunciou que a concessão do Quartel da Graça seria entregue ao grupo Sana, por um período de 50 anos, para a instalação de um hotel de cinco estrelas, correspondendo a uma renda anual de 1,79 milhões de euros.

O investimento estimado para a instalação do hotel, com 120 quartos, foi de 30 milhões de euros, com abertura prevista para o final de 2022.

Contudo, as obras nunca chegaram a arrancar e o quartel encontra-se devoluto há vários anos e em rápida deterioração, com visíveis sinais de abandono, denuncia o grupo Assembleia da Graça.

“Em vez de um hotel destinado a engrossar os lucros de um grupo privado, queremos colocar o antigo quartel ao serviço das necessidades reais da população do bairro e da cidade, prosseguindo fins habitacionais, educativos, culturais e artísticos, com serviços de assistência e infraestruturas ligadas ao bem-estar das pessoas e à qualidade de vida urbana”, lê-se na petição.

Os peticionários lembram que o bairro da Graça “é dos poucos bairros históricos que ainda resiste ao processo de gentrificação da cidade”, alicerçado nas suas escolas e “no forte enraizamento dos seus moradores e das suas vivencias”.

“Mas, com cada vez mais casas ocupadas pelo alojamento local, com o comércio tradicional transformado em bares, e lojas de ‘souvenir’ e com todo o tipo de viaturas destinadas a transportar turistas a circular pelo bairro, a construção de um hotel com 120 camas poderá ser o golpe fatal. Vale a pena lembrar que, no mesmo bairro, o Convento das Mónicas também dará lugar a um hotel com 128 camas”, denunciam.

Desta forma, os peticionários exigem que o Estado “revogue a concessão desde já, para defender o monumento nacional da degradação e abandono e para garantir que serve efetivamente à população de Lisboa”.

“Não estamos dispostos a assistir de braços cruzados à destruição de mais um bairro lisboeta. Reivindicamos o direito à cidade em que vivemos, o que significa que queremos também decidir sobre a utilização dos espaços públicos dos nossos bairros e da nossa cidade”, referem.

Até hoje já assinaram a petição 1.224 pessoas, que defendem que o monumento nacional “esteja ao serviço do bairro e da cidade e não que seja transformado num hotel que vem agravar o processo de turistificação do bairro”.

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