Decorreu dias 10, 11 e 12 de outubro, em Westport, MA, a 27ª Assembleia Mundial das Casas dos Açores de todo o mundo, com a participação de dezasseis casas e em que a Casa dos Açores da Nova Inglaterra, tendo como presidente Francisco Viveiros, foi anfitriã.
Tratou-se efetivamente do maior conselho mundial de sempre das Casas dos Açores, um órgão que constitui na verdade um instrumento de motivação para uma maior cooperação entre estas instituições culturais açorianas e com isso reforçar cada vez mais os laços entre o arquipélago e as suas comunidades da diáspora e as iniciativas que visam divulgar e promover os Açores e os açorianos nas diversas comunidades onde estão inseridas.
Participámos no evento como conferencista sob o tema “O Passado Recente da Diáspora Açoriana”, na perspetiva jornalística e fizemo-lo com muito prazer, pelo que resta-nos agradecer ao seu diretor Francisco Viveiros a oportunidade de partilharmos as experiências vividas ao longo de mais de quatro décadas de América.
As casas são pólos de disseminação da açorianidade e autênticos espaços de ligação cultural e identitária justificando cada vez mais a sua presença indispensável, e o conselho mundial funciona como um centro de dinamização cultural e ponto de promoção da região, em todos os setores alargando e reforçando a posição dos Açores no mundo.
Com um número crescente destas presenças culturais em diversos cantos do mundo, prevendo-se no próximo ano a inauguração da Casa dos Açores no Hawaii, sublinhe-se que o trabalho que as casas dos Açores fazem é de grande importância para a afirmação cultural da terra de origem e das suas comunidades e é bom referir o trabalho incansável e de grande sentido comunitário dos seus dirigentes, a maioria dos quais têm as suas atividades profissionais e familiares e ainda encontram tempo para manter uma instituição cultural de portas abertas nas suas comunidades.
Ainda referente ao Conselho Mundial das Casas dos Açores saudamos a Casa dos Açores da Nova Inglaterra pelo excelente trabalho desenvolvido e que dignificou certamente não só esta presença cultural açoriana por estas paragens como toda a comunidade açoriana da região.
O próximo Conselho Mundial realiza-se em 2026 no Uruguai esperando-se que estes encontros prossigam com o mesmo entusiasmo e dedicação dos respetivos diretores para bem dos Açores e das comunidades açorianas.
Uma palavra de apreço à Direção Regional das Comunidades pelo excelente trabalho desenvolvido (o diretor José Andrade e a técnica Elisa Costa), resultando no êxito do evento e ainda por tudo o que faz no sentido de aproximar cada vez mais os Açores às suas comunidades espalhados por esse mundo. É de lamentar no entanto a verborreia de alguns maldizentes que se escondem no anonimato nas redes sociais a menosprezar o trabalho deste órgão, afirmando que algumas das iniciativas que visam precisamente aproximar TODOS os açorianos “são perda de tempo e de dinheiro”. Estão redondamente enganados. Há que ter a consciência de que investir nas comunidades não deve ser olhado como uma despesa mas sim como uma forma de se projetar e valorizar os Açores, advindo daí certamente um retorno cultural, social e económico significativo para a região, até porque os Açores não se confinam apenas às nove ilhas, mas sim a todo o mundo onde há açorianos!



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