Histórias antigas, tristes, mas… verdadeiras!

by | Sep 10, 2025 | Do outro lado do Atlântico

NAQUELES VELHOS TEMPOS, em que imperava o “pé descalço” e o “analfabetismo”, num viver triste e pachorrento, desconhecido das novas gerações, é triste lembrar, hábitos antigos do conhecimento dos mais velhos.

EM MUITOS SÍTIOS, quem possuía a quarta classe do ensino primário, ou “sabia ler e escrever” era um (a) felizardo (a). O analfabetismo era “rei e senhor!!!

EM MUITAS LOCALIDADES, existia uma pessoa ou duas em que nas suas casas, eram elas que liam e escreviam, as cartas de muitas outras pessoas. As suas casas eram pontos de encontro de muitas mulheres das redondezas que, por serem analfabetas, levavam nas mãos, um envelope com o peso do mundo. Com cartas para serem lidas. Essas mulheres, de coração apertado, esperavam ouvir boas notícias dos maridos, irmãos ou namorados que estavam no estrangeiro, ou que a guerra lhes tinha levado.

ESSAS FELIZARDAS, as poucas na localidade que sabiam ler e escrever, tornavam-se a ponte entre o silêncio e a esperança.

NEM SEMPRE AS CARTAS traziam palavras felizes. Muitas vezes, as novidades eram duras e cheias de dor. Nesses momentos, a “leitora” lia devagar, soletrando cada sílaba, como quem procura no tempo, um pouco de alívio, antes de deixar cair a notícia. E depois, com sensibilidade, ajudavam a construir a resposta: sempre carregada de amor, força e resistência.

HOJE, NUM MUNDO, em que as notícias chegam ao segundo, é quase impossível imaginar o peso de cada carta, de cada palavra.

MAS, É PRECISAMENTE POR ISSO, que me enternece tanto, esta memória: porque mostra como o amor e a solidariedade humana, mesmo em tempos difíceis, sempre encontravam caminho.

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