Breves, Portugal

by | Aug 20, 2025 | Notícias de Portugal

Mais de 12.800 utentes aguardavam por cirurgia nos Açores no final de julho

Os Açores tinham mais de 12.800 utentes a aguardar por uma cirurgia no final de julho, um aumento de 15% face ao período homólogo, segundo dados da Direção Regional da Saúde. “Em julho de 2025 aguardavam em LIC [lista de inscritos para cirurgia] um total de 12.875 utentes, o que corresponde a um aumento de 0,9% (mais 113 utentes) face ao mês anterior. Na comparação com o mês homólogo, verifica-se um aumento de 15% (mais 1.680 utentes)”, lê-se no boletim informativo mensal da Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia dos Açores.

Desde maio de 2023 que o número de pessoas a aguardar por uma cirurgia nos Açores tem vindo a aumentar face ao período homólogo.

Os dados relativos às listas de espera cirúrgica nos Açores não eram atualizados desde abril, altura em que foram divulgados os números de março.

Dos três hospitais da região, o Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, era o que apresentava mais utentes em lista de espera (8.417) no final julho.

Afetado por um incêndio em maio de 2024, o maior hospital da região registou a maior subida da lista de espera cirúrgica, contabilizando mais 98 (1,2%) utentes inscritos do que em junho e mais 1.564 (22,8%) do que no período homólogo.

O Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT) contabilizava 3.033 doentes inscritos para cirurgia no final do mês e foi o único a registar uma ligeira redução da lista de espera, com menos três utentes (0,1%) do que em junho e menos 15 (0,5%) do que em julho de 2024.

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Encontrado corpo de homem desaparecido em lagoa de São Miguel

O corpo do homem de 57 anos que estava desaparecido, desde quinta-feira, nas águas da lagoa das Sete Cidades, na ilha de São Miguel, foi encontrado sábado.

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, Nuno Barbosa, indicou que o corpo foi localizado às 15:21 locais por um mergulhador tendo sido retirado da água meia hora depois e posteriormente transportado para a morgue do hospital de Ponta Delegada.

Nuno Barbosa relatou que o cadáver estava submerso “em cima de uma ‘almofada’ de algas” marinhas.

Nas buscas, realizadas entre quinta-feira e sábado, foram empenhadas equipas de mergulhadores, usados drones na vigilância das margens, motas de salvamento, uma embarcação com uma sonda para “varrer o fundo” da lagoa e um drone submersível da Universidade dos Açores (que costuma ser usado para investigação científica no mar).

O homem, residente na ilha de São Miguel, estava no local com um grupo de amigos e desapareceu quando navegava numa embarcação vulgarmente designada por “gaivota” e decidiu mergulhar.

Segundo o Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Sete Cidades, “a área de recreio balnear – praia, devidamente delimitada e sinalizada, deve ser a única localização onde é permitida a prática de natação e banhos”.

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Cavaleiro português aposta na formação de cavalos de competição na China

Passo, trote e galope: numa quinta nos arredores de Pequim, o português João Ruas treina diariamente seis cavalos à prática de dressage, disciplina olímpica equestre que procura expor o máximo das capacidades atléticas do animal.

“É uma relação muito própria”, descreveu o cavaleiro, natural de Lisboa. “Há dias em que somos quase como um pai a ensinar o filho, outros em que é o cavalo que nos ensina a nós. Mas tem de haver sempre respeito mútuo”, frisou.

Ruas, de 28 anos, chegou à China há um ano para criar seis cavalos e dar formação em dressage numa quinta em Shunyi, o distrito no nordeste de Pequim onde as aldeias e campos agrícolas lembram mais o interior da China do que a capital de 22 milhões de habitantes.

A dez quilómetros do reservatório de Huairou, lago artificial de 12 quilómetros quadrados que abastece Pequim e regula o caudal de rios locais, a quinta está cercada por cursos de água, encostas arborizadas, campos de milho e reservas naturais.

No horizonte, as cadeias montanhosas que se erguem a norte dos distritos de Changping e de Huairou completam uma paisagem que contrasta com o emaranhado de torres envidraçadas e blocos de apartamentos da malha urbana de Pequim. “Quando estou aqui não me lembro se estou na China, em Portugal ou na Alemanha”, explicou João Ruas. “Estou numa bolha, digamos assim, e é uma bolha boa”.

“Sou o único estrangeiro aqui. Comunico por gestos, ainda estou a aprender chinês”, remata.

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Câmara de Mirandela decreta três dias de luto pela morte de seis idosos em incêndio num lar

A Câmara Municipal de Mirandela decretou três dias de luto na sequência do incêndio num lar do concelho que provocou seis mortos e 25 feridos.

A autarquia no distrito de Bragança afirma que devido à “gravidade” e “dimensão” da situação foram decretados “três dias de luto municipal, cancelados eventos de organização direta e partilhada pela autarquia”, manifestando “profundo pesar pelos trágicos acontecimentos”. O município disse ainda estar a “assegurar todo o apoio possível aos familiares das vítimas”, com a instalação de “um centro de apoio psicológico e de informação” no pavilhão do INATEL de Mirandela.

A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) emitiu, entretanto, um comunicado no qual se solidariza e destaca o trabalho do provedor, dirigentes e trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela, que têm contribuído “para uma melhor qualidade de vida de todos os seus utentes”.”

“E, agora, partilhando a dor dos outros utentes, dos respetivos familiares e dos amigos, sofrem com um acidente que tanto vitimou alguns dos seus utentes como vitimou a eles próprios”.

Seis pessoas morreram e 25 ficaram feridas num incêndio que deflagrou num quarto do Lar Bom Samaritano, da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela. No lar residiam 89 idosos. O fogo esteve confinado apenas ao quarto onde deflagrou, mas todo o edifício ficou cheio de fumo. Alguns utentes foram transportados para os hospitais de Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança. Os restantes foram encaminhados para outros lares da instituição.

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Empresários da Terceira apontam “disfunções graves” no transporte marítimo

A Câmara de Comércio e Indústria de Angra do Heroísmo (CCIAH) considerou que há “disfunções graves” nas ligações marítimas de mercadorias para a ilha Terceira, o que afeta o abastecimento de bens. Em comunicado, a direção da CCIAH refere que a ilha “enfrenta atualmente uma crise séria no abastecimento de bens essenciais”, devido a “disfunções graves nas ligações marítimas que asseguram o transporte regular de mercadorias”.

A Terceira, salienta o organismo, “assume um papel central na economia regional, com forte expressão nos setores da agricultura, pecuária, indústria, comércio, turismo e serviços públicos estratégicos. Contudo, esta força económica está a ser gravemente afetada por falhas sistemáticas no sistema logístico marítimo, com impactos diretos na vida das empresas, das famílias e de toda a sociedade”, alerta.

Segundo a CCIAH, neste momento, “faltam bens de primeira necessidade nas prateleiras, desde produtos alimentares até matérias-primas para a atividade produtiva” e “esta realidade está a gerar prejuízos às empresas conduzindo à degradação económica, e perda de confiança por parte dos agentes económicos”.

A organização representativa do tecido empresarial exemplifica com a “retenção de contentores com iogurtes em Lisboa, impossibilitando o seu transporte atempado para a Terceira e restantes ilhas do grupo central”.

Na nota, a CCIAH salienta ainda “a importância da valorização do porto da Praia da Vitória como uma porta de entrada fundamental para os Açores”, considerando que a sua “plena utilização, com reforço de ligações regulares e eficientes, pode e deve garantir maior estabilidade, previsibilidade e capacidade de resposta logística — não apenas para a Ilha Terceira, mas para todo o arquipélago”.

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Produtor discográfico Mário Martins morre aos 90 anos

O produtor discográfico Mário Martins morreu quinta-feira, aos 90 anos, numa unidade hospitalar em Lisboa, disse fonte da Casa do Artista, onde residia.

Mário Martins foi responsável por dar a conhecer ao público nomes como Carlos Paião (1945-1988), José Cid, Marco Paulo (1945-2024) e Rui Veloso.

Nos finais da década de 1970, Mário Martins foi ainda o responsável pela assinatura do contrato de António Variações (1944-1984) com a discográfica Valentim de Carvalho, tendo o seu nome estado ligado às carreiras de muitos outros artistas portugueses, de Amália Rodrigues (1920-1999) a Simone de Oliveira e Frei Hermano da Câmara.

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Marinha coordena resgate de tripulante de navio mercante a nordeste de São Miguel

A Marinha coordenou a ação de resgate médico de um homem de nacionalidade croata, com 51 anos, que estava a bordo de um navio mercante que navegava ao largo de São Miguel.

O homem “apresentava fortes dores resultante de uma torção do tornozelo e possível fratura, com muita dificuldade de locomoção, necessitando de cuidados médicos hospitalares”.

O homem seguia a bordo do navio mercante Verige, com bandeira da Croácia, que navegava a cerca de 300 milhas náuticas, o equivalente a cerca de 555 quilómetros, a nordeste da ilha de São Miguel.

O resgate foi realizado pela embarcação do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) de Ponta Delgada e o homem foi posteriormente transferido para o hospital daquele cidade, acrescentou.

A Marinha coordenou o resgate médico através do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada (MRCC Delgada), em estreita articulação com o Centro de Orientação de Doentes Urgentes – Marítimos (CODU-MAR), Autoridade Marítima Nacional (AMN) de Ponta Delgada e Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA).

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Cálice litúrgico do século XVI desapareceu de paróquia da ilha de Santa Maria

Um cálice litúrgico do século XVI, de “grande valor espiritual e histórico” para a paróquia da Matriz de Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, desapareceu da sacristia e o caso foi participado às autoridades policiais.

O padre da paróquia açoriana da Matriz de Vila do Porto, Carlos Espírito Santo, disse que o cálice de prata em banho de ouro deve “valer à volta de cinco/seis mil euros” e foi dado como desaparecido na semana passada, por ocasião dos preparativos para a festa anual de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da vila, festejada a 15 de agosto.

“Este cálice é utilizado em cerimónias especiais. A última vez que foi utilizado foi no [dia do] Corpo de Deus. Estava na sacristia, no lugar onde era guardado. Fomos buscá-lo para limpar, para a festa de 15 de agosto, e demos por falta dele”, relatou.

Segundo o sacerdote, de imediato a paróquia participou o desaparecimento da peça à Polícia de Segurança Pública (PSP) e, até ao momento, “ainda não há nenhum sinal de ter aparecido”.

Carlos Espírito Santo não tem explicações para a falta do cálice, referindo que “algumas pessoas têm acesso” à sacristia, mas “não há sinal de arrombamento” de portas.

A paróquia, que está a “pesquisar e a averiguar” a situação, já tomou medidas preventivas para evitar que aconteçam outras situações.

“Já mudamos as fechaduras [das portas], já estamos a tentar arranjar outros métodos para que isso não aconteça no futuro”, adiantou, admitindo que se trata de um episódio desagradável.

Ainda de acordo com o pároco, o desaparecimento do cálice foi recebido pelos habitantes da ilha de Santa Maria com “muito espanto” e com tristeza, por se tratar de uma peça religiosa “bastante significativa para a comunidade”.

Não será a peça mais valiosa da paróquia, mas é de “grande valor”.

“Ele [o cálice] é de prata, dourado, tem quatro pêndulos à volta e também tem umas pedras no pé”, descreveu.

 

 

 

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