A festa de homenagem a Augusto Pessoa

 

Augusto Pessoa, repórter do Portuguese Times há 43 anos (faz 44 em novembro) foi justa e merecidamente reconhecido pelo seu trabalho em prol da comunidade portuguesa na noite da passada sexta-feira, no Clube Juventude Lusitana, em Cumberland, RI, umas das várias organizações que tem merecido largo destaque nas reportagens diversas do nosso colaborador, sobretudo pelas iniciativas levadas a cabo anualmente e pela forma como celebra e cultiva as tradições trazidas da terra de origem através do ensino da língua, do folclore, do desporto e de outras manifestações populares.
No seu longo percurso de jornalista por estas paragens, Augusto Pessoa tem desempenhado a sua tarefa de modo exemplar, numa demonstração de grande dedicação, carinho e paixão a retratar e a projetar a comunidade nas suas diversas e variadas iniciativas sócio-culturais, histórias de vida, acontecimentos relevantes pelas várias organizações das comunidades de Rhode Island e Massachusetts, muitos dos quais ganham uma dimensão comunitária mercê da extensa tiragem e abrangência do PT, que, graças à sua página na internet e parceria com outros órgãos de comunicação lusos da diáspora, permite a essa mesma diáspora lusa saber o que se passa por estas paragens.
O espírito de voluntariado e envolvimento comunitário do nosso repórter já lhe valeram inúmeras distinções, mas é sobretudo através da sua ação neste semanário de língua portuguesa que tem recebido esse reconhecimento.
Augusto Pessoa tem sido verdadeiramente incansável nesta relação de uma maior proximidade designadamente entre o PT e o associativismo luso, onde proliferam as organizações que são literalmente autênticos pilares de sustento das nossas tradições e costumes e muito importantes para a sobrevivência da comunidade na celebração e vivência cultural lusa.
Ainda há dias, num webinar, perguntavam-me sobre o futuro da comunicação social lusa nos EUA. É assim: para além do apoio do tecido empresarial, é muito importante para os órgãos de comunicação social portugueses da diáspora que o associativismo se matenha bem vivo, ativo e dinâmico nessa missão de manter viva a chama da portugalidade, porque com isso ganhamos todos nós nesta frente comum, neste parceirismo de preservar a nossa cultura através de diversos sinais. A comunicação social ganha, e de que maneira, com um associativismo forte, porque esses sinais, celebrações e atividades são alimento para os conteúdos dos jornais, das rádios e das televisões, para além de contribuirem para a sustentabilidade destes órgãos de comunicação, como tem sido ao longo dos anos no caso deste semanário. O rejuvenescimento do associativismo é uma garantia de continuidade, se bem que não seja tarefa tão fácil como muitos pensam (mas isso fica para outro apontamento).
Augusto Pessoa soube perfeitamente fazer essa leitura, ou seja, da importância e do peso que as organizações, quer cívicas quer paroquiais são muitos importantes, quer por aquilo que representam para a comunidade (e que já referi acima), quer ainda pela garantia de um futuro risonho.
Esse papel relevante das nossas estruturas associativas tem merecido destaque aqui nestas páginas desde que Pessoa entrou para o jornal, de tal forma que podemos falar claramente numa parceria entre o PT e essas organizações. É verdade que PT muito deve a elas, mas também é justo sublinhar que a maioria das organizações de MA e RI têm usufruído do esforço e dedicação de Augusto Pessoa no sentido de divulgá-las, projetá-las e valorizá-las num contexto comunitário. Tem sido um guerreiro na defesa dos nossos valores. Podemos apontar alguns exemplos: Grandes Festas do Espírito Santo da Nova Inglaterra, celebrações do Dia de Portugal em RI, Boston Portuguese Festival, festa madeirense do SS Sacramento, festas promovidas pelas organizações de MA e RI, festas de paróquia e das muitas irmandades do Divino Espírito Santo que proliferam por estas paragens, convívios regionais, etc., etc....
Fizemos parte da comissão organizadora da festa de homenagem ao nosso repórter na passada sexta-feira, juntamente com Márcia Sousa e Fernanda Silva, as quais merecem uma palavra de apreço pela forma como se esforçaram para que o evento fosse digno. E foi.
Lá marcaram presença, com atribuição de diplomas de honra e placas, o governador de RI, Dan McKee, o congressista federal David Ciciline, o senador estadual de MA, Michael Rodrigues, o mayor Roberto da Silva, de East Providence sendo ainda atribuídas citações dos mayors de Fall River e New Bedford e placas pelas diversas organizações portuguesas de Massachusetts e Rhode Island, bem demonstrativo do apreço pelo trabalho e percurso jornalístico de mais de quatro décadas do nosso Augusto Pessoa.
Uma palavra de apreço para a família do homenageado, que tem sido sacrificada na sua vida privada em detrimento desse trabalho para a comunidade.
Um muito obrigado pelo seu esforço e dedicação, em nome da gerência e direção deste semanário com 51 anos de existência. O trabalho de Augusto Pessoa é imprescindível para a sobrevivência do PT e para uma maior divulgação e projeção das iniciativas comunitárias lusas.