Romeiros de New Bedford, Pawtucket e Bristol sairam à rua

 

Romaria de Pawtucket reuniu mais de 100 romeiros

Com a aproximação da Primavera surge a hora de verão.

Pois aqui por casa surge a hora do romeiro. O leitor nunca ouviu tal coisa. Mas explicamos. Desde a romaria de Taunton, passando por New Bedford, Pawtucket e Bristol concluindo em Fall River a hora do romeiro é às 4:30 da manhã. Significa que temos de saltar da cama para estar à hora de concentração e partida para as romarias acima mencionadas nos locais e horas designadas, que ronda sempre as 6:00 da manhã. E aqui temos de juntar o tempo de estrada de ligação.
As últimas que fizemos aconteceram sexta-feira, New Bedford, 6:00 da manhã, debaixo de chuva e ventos fortes. Domingo, Pawtucket, vento forte e temperaturas nos 28 graus. Semelhante em Bristol, também na manhã de domingo.
Mas regressamos a Pawtucket onde o fundador das romarias, José Pimentel, junto da igreja de Santo António estava radiante por ter ultrapassado os 100 romeiros.
Ali Jorge Pacheco era o mestre. 
“Já tenho uma experiência de romeiro com mais de cinquenta anos iniciada nas Feteiras do Sul, São Miguel. Fui mestre por três anos antes de vir para os EUA em 1980. Já vivi a experiência de romeiro em Fall River na Sexta-Feira Santa. Aqui em Santo António, tenho ido todos os anos à conta de Deus”, sublinha Jorge Pacheco.
A aderência dos romeiros baseia-se no entusiasmo que se cria em volta da romaria.
“Em 2023 fizemos a caminhada de oração com 90 irmãos este ano já ultrapassamos os 100. Foi uma promessa do padre/irmão João Batista Barros e que saiu certa”, concluiu Jorge Pacheco.
E já no salão, de xaile, lenço, bordão e boné para enfrentar o frio, estava o padre João Baptista Barros.
“Comecei em 2023, tal como Portuguese Times noticiou. Fui lendo, fui pesquisando sobre esta tradição e cá estou de novo em 2024. Foi uma tradição em que me fui integrando com os meus irmãos da paróquia de Santo António. Senti esta paixão de andar. Rezar. Lidar de perto com os que fundaram este grupo. Estou muito solidário com todos eles, homens e mulheres. Cantam. Rezam. Vivem o testemunho da sua fé”.
Integrado em novas tradições, tem-se ambientado, integrado, acabando por ser assimilado num enriquecimento cultural.
“Estou muito satisfeito na certeza de continuidade”, concluiu o padre João Baptista Barros.
Para concluir, José Pimentel ofereceu um almoço a todos os romeiros, familiares e amigos. De salientar entre os romeiros, Márcia de Sousa, conselheira das Comunidades Portuguesas, e Victor Santos, responsável pela cultura nos Amigos da Terceira.

 

 

Romaria de Bristol movimentou 70 romeiros

Este ano, após termos deixado os Romeiros de Pawtucket em direção ao cemitério, fizemos uma paragem na UPB, onde tinha lugar o pequeno almoço do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. 
Dali fomos para Bristol onde tinha lugar a romaria local. Temos por hábito fotografar os romeiros em frente à centenária igreja de Santa Isabel.
Como estávamos cedo resolvemos ir em procura da romaria ao parque do Columban Fathers. 
Precisamente na altura subiam o monte ao cimo do qual se encontra uma cruz de grande tamanho, com Jesus crucificado.
Seria ali que Luís Silva, coordenador da romaria, usaria da palavra e para dar o exemplo fez as pazes, publicamente, com um amigo que estava na romaria e com quem estava zangado.
O contra-mestre era o veterano Álvaro Rego, que teceu as mais vivas considerações sobre os romeiros.
O lugar era acolhedor para o desenrolar da constituição do sentido de uma romaria.
Uma romaria que vem crescendo em aderência de irmãos, assim como de mestres que vêm pelo facto de Luís Silva, fundador da Romaria de Bristol, estar presente nas romarias vizinhas, tal como na Romaria da Nova Inglaterra.
Assim, lá vimos o mestre Tobias Baptista e contra mestre José Sousa.
E os Romeiros entravam na histórica Wood Street, o Mosaico Park onde se eleva o busto de Luciano da Silva. A pedra/monumento de Frederico Pacheco. Na travessa em frente à igreja, a Associação D. Luís Filipe, a terceira mais antiga nos EUA. E imponente abrindo as portas aos romeiros a igreja de Santa Isabel.

 

Romaria de New Bedford: António Pacheco foi Mestre e Tobias Baptista Contra Mestre numa romaria de 100 irmãos em Dia de Ramos

Eram 6:00 da manhã de sábado, 23 de março.
O calendário religioso apontava para o Dia de Ramos. Os romeiros concentravam-se no salão paroquial da Imaculada Conceição ao norte de New Bedford. Chovia forte desde o percurso de ligação iniciado pelas 5:00 da manhã. 
Um numeroso grupo de gente crente. Eles e elas de xaile, bordão, cevadeira. Eram cerca de 100. Acompanharam o Mestre António Pacheco na recitação do terço.
Tobias Baptista, contra-mestre, explicou o uso do bordão e a forma como se deve colocar nas diferentes paragens durante o dia.
Mário Almeida, presidente e grande timoneiro da banda do Senhor da Pedra de New Bedford, trajava a rigor e aguardava o inicio da romaria. Presença anual. Costuma fazer-se acompanhar de familiares. Mas acompanhado ou sozinho lá está anualmente.
“Comecei a ser romeiro aos 17 anos feitos na Achadinha, Nordeste, S. Miguel. Tenho 81 anos de idade. Fiz a primeira romaria em 1960. Vim para os EUA em 1967. Sete anos de romeiro em São Miguel e depois já aqui comecei a ser romeiro em Fall River.
E depois resolvemos fazer aqui em New Bedford. Estou cansado, mas com fé, que nos dá força e vontade de continuar. 
Aqui em New Bedford foi precisamente na igreja da Imaculada Conceição que me iniciei. Achou-se por bem fazer as romarias alternadamente entre as igrejas de São João, ao sul de New Bedford, que passou para o Monte Carmelo, após o encerramento da primeira, tendo por mestre Tobias Batista e a Imaculada Conceição, aqui ao norte da cidade, onde o mestre continua a ser eu, António Pacheco”, afirmou António Pacheco.